- Museu Municipal de Vila Franca de Xira
- Descobrir...
- Património Histórico
- Características e Tipologias
Características do Território e do Património de Vila Franca de Xira
O território do nosso atual concelho é constituído por seis freguesias (e uniões de freguesias), abrangendo os antigos municípios de Alhandra, Povos, Alverca do Ribatejo e Olivais (este último de forma parcial), alguns inclusive mais antigos e revestindo-se noutros tempos de uma maior importância face ao de Vila Franca de Xira.
Este é pleno de contrastes, entre as zonas de planície imensa das Lezírias, a faixa urbano-industrial que corre paralela ao rio e aos principais eixos viários - sobre os quais nos debruçaremos mais adiante - e as áreas declinosas dos montes que proporcionam uma paisagem rural de quintas e casais.
A somar a estas características geográficas tão contrastantes, a fixação continuada das populações desde os tempos pré-históricos, a proximidade à capital e a passagem de eixos viários tão importantes como a antiga via romana de ligação entre Olisipo e Scalabis e mais tarde a Estrada Real de D. Maria I, contribuíram decisivamente para uma diversidade e riqueza dos seus elementos patrimoniais, que podemos ainda hoje observar nesta região.
Proteção e Tipologias de Património
As classificações, quer de âmbito nacional, quer local (Imóveis de Interesse Municipal) que se vêm a tornar mais frequentes no decurso da segunda metade do século passado, culminam no aparecimento dos primeiros instrumentos locais de ordenamento do território, de que se destaca o Plano Diretor Municipal de Vila Franca de Xira.
Este documento procura não só identificar os bens patrimoniais classificados e em vias de classificação, mas estabelece ainda uma categoria designada por “Outros Imóveis com Interesse”, recorrendo, para o efeito, à sua divisão e identificação pelas diversas tipologias de património.
- Arquitetura Religiosa abrange toda uma diversidade de igrejas paroquiais, misericórdias, capelas e ermidas, cruzeiros e conventos, sendo que alguns destes últimos constituem apenas meros vestígios.
- Arquitetura Civil, na qual distinguimos, em primeiro lugar, a de caráter civil, pública e viária, que abarca no nosso concelho, por um lado, marcos de légua e padrões de termo que marcavam as distâncias e divisões relativamente a Lisboa, por outro, pontes antigas, fontanários e cais fluviais. Segue-se, entretanto, uma arquitetura civil privada, em que se incluem as inúmeras quintas fundadas nesta região pela nobreza de corte.
- Arquitetura Industrial, encaramos o designado património pré-industrial, compreendendo moinhos de vento, de maré e azenhas, seguindo-se o património industrial propriamente dito, que abrange não só as fábricas em si, mas os próprios bairros operários que foram sendo edificados para albergar os seus funcionários, na maioria das vezes grupos de família que para aqui migraram a partir das zonas interiores do país.
- Património Militar, reconhecemos ainda no território concelhio exemplos de construções fortificadas que formam o arranque da 1ª e 2ª Linhas Defensivas de Torres Vedras, o mais notável conjunto de fortificações militares das Guerras Napoleónicas, considerado o maior sistema defensivo com sucesso na História e, por conseguinte, um caso de estudo nas escolas militares portuguesas e estrangeiras.
- Conjuntos Urbanos com Interesse que formam uma espécie de pontilhado no mapa deste concelho, pressupondo uma evolução temporal, com o alargamento progressivo dos seus limites, englobam sobretudo uma arquitetura de cariz popular, materializando-se em alguns deles casos pontuais de construções vernaculares de maior monumentalidade.
- Sítios Arqueológicos, que refletem espaços que permanecem invisíveis até serem descobertos. Respeitantes sobretudo a vestígios que remontam aos vários períodos da Pré-História e da ocupação humana, cabe ao arqueólogo o seu reconhecimento nos diversos contextos culturais desta ocupação humana do território.